Na luta de vida ou morte contra o fascismo, não se pode cultivar a ilusão de uma nova republica de bacharéis
Lula está condenado a convocar o povo ·
Não é preciso ter muita imaginação para compreender que a guerra fascista contra o STF não pode ser vista como um conflito banal ou passageiro. Trata-se da mais relevante questão política de nossa história desde o fim da ditadura militar.
Numa país onde vigora o regime de três poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — o Brasil encontra-se uma situação de crise permanente, formada pelo choque de três forças distintas — um governo de esquerda, um parlamento alinhado pela extrema-direita e um Supremo que nem sempre tem se mostrado cioso de prerrogativas e responsabilidades.
Quando o Senado aprovou aprovou por 43 a 21 votos um projeto de lei para demarcação de Terras Indígenas, patrocinado pelos senhores feudais da bancada ruralista, o STF não ficou de olhos fechados. Assumiu o dever de “guardião da Constituição”, papel que lhe é destinado pelo artigo 102 da Carta Maior, para encarar uma missão histórica em toda sua dureza.
Por uma margem de 9 votos a 2, o Supremo declarou a ilegalidade do Marco Regulatório que pretende anular direitos fundamentais dos povos indígenas reconhecidos em 1988 para passar um trator sobre quatro séculos de luta e um oceano sangue indígena, jamais admitidos pela historiografia oficial.
A partir de então, num convívio tenso e conflituoso em forma de triângulo, o país assiste a uma crise de longa duração, que irá ocupar a cena política do próximo período. Através do ataque ao Supremo, o fascismo mostra a que veio — planeja sabotar uma instituição que insiste em cumprir seu papel.
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