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Aumento se deve a recomposição das alíquotas de PIS e Cofins no país. Tributo estava zerado desde 2021, mas o presidente Lula antecipou a reoneração

Combustível fica mais caro por conta da recomposição das alíquotas  -  (crédito: Raquel Lima/D.A Press)

Combustível fica mais caro por conta da recomposição das alíquotas – (crédito: Raquel Lima/D.A Press)

O litro do óleo diesel terá novo reajuste a partir deste domingo (1°/10). Segundo o Instituto Combustível Legal (ICL) e a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o combustível ficará R$ 0,02 mais caro por conta da recomposição das alíquotas de PIS e Cofins. Esse é o segundo aumento com a retomada dos tributos federais sobre o produto.

Com a nova alta, os impostos devem atingir a alíquota integral de R$ 0,35 por litro em janeiro de 2024: setembro(R$ 0,11); outubro (R$ 0,13); e janeiro de 2024 (R$ 0,35). Desde 2021, essas taxas sobre o diesel estavam zeradas como medida para reduzir o preço do combustível para o consumidor. Em janeiro deste ano,o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou a isenção até 31 de dezembro. No entanto, ele antecipou a reoneração para financiar o programa de descontos para carros populares e caminhões.

Volatilidade do petróleo

A oferta restrita de petróleo e derivados tem sido a principal causa do aumento dos preços do petróleo e dos derivados, principalmente o diesel, no mercado internacional, avaliam analistas. O momento, porém, é de alta volatilidade, devido a incertezas em relação à suspensão de exportações russas, o que deve levar a Petrobras a esperar mais tempo para amenizar a defasagem dos seus preços internos, já que não há risco de desabastecimento.

O preço do petróleo tipo Brent passou ao patamar de US$ 90 no início de setembro e na quarta-feira, 27, fechou em alta de mais de 2% nos contratos para dezembro, a US$ 96,55, depois de ter tocada a máxima de US$ 97,06 durante o pregão. “Há necessidade clara de aumento de preço no diesel dada a dinâmica de paridade, mas não há risco de abastecimento no momento”, avalia Luiz Carvalho, analista de óleo e gás do UBS BB

Segundo Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, o mercado está sim esperando um aumento para o diesel pela Petrobras, mas ainda há incerteza sobre como será a reação ao embargo das exportações da Rússia, o que deve segurar os reajustes no momento.

“De acordo com o que temos ouvido dos nossos colegas de fora, seria um tiro no pé a Rússia estender muito essa suspensão (de exportações). A entrada de divisas para a Rússia é muito importante, porque é muito dependente dessa receita. Eles fizeram isso (suspensão da exportação) para estocar produto, mas não têm onde estocar tanto produto. Traria mais danos do que benefícios para Rússia”, explica. (Agência Estado)

Com informações do Correio Braziliense

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