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Segundo investigações recentes do MP-RJ, Ronnie Lessa é chefe de milícia na comunidade Rio das Pedras, local onde Fabrício Queiroz se escondeu antes de viajar para São Paulo para receber tratamento médico.

Vizinho de Bolsonaro acusado de matar Marielle é chefe de milícia onde Queiroz se escondeu no Rio.

Segundo investigações recentes do MP-RJ, Ronnie Lessa é chefe de milícia na comunidade Rio das Pedras, local onde Fabrício Queiroz se escondeu antes de viajar para São Paulo para receber tratamento médico.

Sendo essa a segunda maior favela do Rio de Janeiro, o sargento reformado é acusado por uma série de crimes como ingos clandestinos, esquemas para contrabando de água, ligação com o tráfico de drogas e inclusive a utilização do Certificado de Registro concedido pelo Exército para facilitar a importação de armas.

Presos desde o dia 12 de março os acusados tiveram o inquérito ao qual estão ligados interrompido pela decisão judicial do Ministro do STF Toffoli em suspender as investigações que utilizaram dados fornecidos pelo antigo Coaf sem autorização judicial prévia.

A medida beneficia diretamente a Flávio Bolosnaro que era investigado por um esquema de “rachadinha” com membros de seu gabinete, incluindo Queiroz que teve uma movimentação atípica em sua conta no valor de 1,2 milhão. Isso mostra como essa extrema direita representada pelo clã Bolsonaro tem ligações escusas com o que há de mais podre na sociedade, se ligando as milícias assassinas que protagonizam uma espécie de duplo poder no Estado do Rio de Janeiro e que ao que tudo indica também tem ligação com o brutal assassinato da vereadora de esquerda Marielle Franco.

É fundamental organizar os trabalhadores, as centrais sindicais, os diversos movimentos sociais e o movimento negro para impor ao Estado uma investigação independente para que possamos chegar ao fundo da questão: saber quem mandou matar Marielle Franco, e arrancar justiça sem confiança nas instituições do regime que vem protagonizando uma série de medidas autoritárias como o golpe institucional de 2016 – agora admitido até mesmo por Michel Temer – e a manipulação das eleições no ano passado com a prisão arbitrária de Lula e a eleição de Bolsonaro.

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