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Segundo a Prosus, a rede pública sofre com o tempo de internação excessiva de pacientes em UPAs por conta da falta de leitos de retaguarda

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) requisitou informações à Secretaria de Saúde sobre qual seria o plano de ação para diminuir permanência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O órgão cobrou o diagnóstico do déficit de leitos de retaguarda dos hospitais regionais da rede pública de urgência e emergência.

As internações não deveriam passar de 24 horas. Sem leitos de retaguarda, são, em média, 6 dias. O pedido de é assinado pela 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus). A pasta deverá informar as atividades, o cronograma de curto e médio prazo, o planejamento orçamentário e as ações de monitoramento.

A requisição de informações foi enviado na quarta-feira (31/7). O prazo para resposta é de 10 dias. Segundo a promotora de Justiça Hiza Carpina, a instalação de sete novas UPAs não foi eficiente para reduzir a alta taxa de permanência de pacientes nas unidades de saúde.

“O grande problema hoje na rede de urgência e emergência é a falta de leitos de retaguarda nos hospitais do DF. A situação é de superlotação e restrição de funcionamento (bandeiramento)”, disse. Para Hiza, priorizar a construção de Upas sem analisar a estrutura da rede de urgência e emergência é privar a população do direito à saúde.

Segundo resolução do Ministério da Saúde, o tempo máximo de internação nas UPAs é de 24 horas, justamente pelo caráter intermediário de assistência do local. Após esse período, o paciente deverá ter alta ou ser transferido para uma unidade hospitalar.Play Video

Internação precária

“Hoje, o paciente permanece internado na UPA sendo assistido precariamente, quando, na verdade, ele precisa de atendimento na unidade hospitalar, como atenção cardiológica, cirúrgica, leitos de clínica médica, entre outros. Existem pacientes que precisam de atenção psiquiátrica internados na sala verde da UPA”, afirmou.

Pelo diagnóstico da Prosus, as condições de funcionamento da atenção hospitalar da rede pública é precária, em decorrência da fragilidade e das deficiências da estrutura física, além do grave déficit de profissionais de saúde, como médicos das especialidades de pediatria e clínica médica, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Com informações do Metrópoles

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