O ex-juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, foi retratado em reportagem do jornal The New York Times sobre a decisão do governo de comemorar os 55 anos do Golpe Militar de 1964.
A reportagem lembra que o regime militar que se seguiu ao golpe usou a censura e um aparato de segurança repressivo para manter o controle por 21 anos, torturando e matando centenas de dissidentes ou militantes políticos. Três dos presidentes do Brasil desde que o país retornou à democracia em meados dos anos 80 se opuseram aos militares e foram exilados, presos ou torturados por isso.
Sergio Moro, lembra o NY Times, ministro da Justiça de Bolsonaro, em 2017 chamou a “ditadura militar” de um “grande erro”. Na última semana, no entanto, o ex-juiz federal se recusou a dizer se os termos “golpe” e “ditadura” eram historicamente precisos. Enquanto os líderes militares governavam de forma “autoritária”, ele disse, “o que realmente importa é que recuperamos nossa democracia”.
Ao compartilhar o assunto nas redes sociais, o perfil do ex-presidente Lula, que foi condenado por Sérgio ironizou: “atos indeterminados”.