O depoimento de Freire Gomes é visto como “chave” para esclarecer como Jair Bolsonaro teria atuado nas discussões sobre a minuta do golpe e diante dos acampamentos golpistas
Nesta sexta-feira (1), a Polícia Federal colhe um depoimento considerado crucial para as investigações relacionadas às atividades de Jair Bolsonaro (PL) nas discussões sobre a minuta do golpe, além dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis. O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, é figura central nesse processo, detalha Valdo Cruz, no g1.
De acordo com revelações do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general Freire Gomes esteve envolvido em conversas sobre a minuta do golpe com Bolsonaro, mas recusou-se a participar de qualquer empreendimento golpista, o que teria desagradado aos militares aliados de Bolsonaro, como o general Braga Netto.
Além disso, Freire Gomes terá de esclarecer seu papel diante do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Ele foi identificado como quem teria ordenado que o acampamento não fosse desmantelado. As autoridades desejam determinar se essa ordem foi emitida por iniciativa própria ou se ele recebeu instruções superiores para interromper o trabalho da PF e da Polícia Militar do DF, que, no final de 2022, estavam desmantelando o acampamento.
Freire Gomes será ouvido na qualidade de testemunha, já que não é alvo da investigação. Os investigadores reconhecem sua importância em evitar o envolvimento das tropas do Exército na tentativa de golpe, mas buscam esclarecimentos sobre sua omissão em denunciar as atividades que ocorriam no antigo governo.
Com informações do Brasil 247
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