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Em assembleia geral realizada na noite desta quarta-feira (28), a categoria dos vigilantes resolveu, por unanimidade, entrar em greve geral com efeito imediato e por período indeterminado. A categoria havia concedido o prazo máximo para negociação até o dia de hoje, mas não houve proposta satisfatória por parte do sindicato patronal.

““Os vigilantes decretaram a greve em função da intransigência dos patrões, que querem acabar com o ticket alimentação, pagar metade do ticket em cesta, por fim ao plano de saúde, não querem dar reajuste salarial e querem transcrever toda reforma trabalhista dentro da convenção coletiva”, explicou o deputado Chico Vigilante (PT).

“Não abriremos mão de nenhum item do que já está consagrado na convenção coletiva de trabalho e nós exigimos o pagamento do ticket em dinheiro e não aceitamos perder o plano de saúde”, concluiu o parlamentar.

Desde a semana passada o Ministério Público do Trabalho tentou, sem sucesso, a intermediação para que houvesse uma solução no impasse entre os dois sindicatos. Foram realizadas duas audiências individuais com cada sindicato, mas os patrões permaneceram irredutíveis na retirada dos direitos trabalhistas.

“Com os vigilantes em greve, infelizmente, quem sofre é a população com os bancos fechados, nos hospitais e na maioria dos órgãos públicos. A greve foi decretada por tempo indeterminado. Só vamos voltar depois de uma decisão concreta”, contou o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Paulo Quadros.

As principais linhas em desacordo na convenção coletiva são ao fundo de indenização para aposentadoria por invalidez; auxílio alimentação; assistência odontológica; seguro de vida; recolhimento de mensalidades sindicais; homologação das rescisões contratuais; aviso prévio; multa rescisória; intervalo intrajornada; inclusão de feriados nas jornadas 12×36; liberação dos diretores para mandato sindical; entrega da guia de previdência social; criação de comissão de conciliação prévia e arbitragem; quitação anual das verbas relativas ao contrato de trabalho; pagamento dos vales transporte e alimentação durante os cursos bienais de reciclagem.

Negociações – Após muitas rodadas de negociação e sem chegar a um acordo em várias cláusulas importantes na garantia de direitos e conquistas da categoria, o sindicato solicitou intermediação do Ministério Público do Trabalho para solução do impasse.

A 1ª audiência aconteceu no dia 19 com a participação do Sindicato dos Vigilantes e do Sindicato Patronal. Na sequência, foram realizadas audiências individuais com a participação de cada um dos sindicatos. Na segunda-feira (26), foi realizada a última audiência conjunta.

Chico Vigilante, deputado distrital (PT/DF)