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A suspeita é de que Flávio Bolsonaro tenha utilizado o jet ski para transportar e esconder provas que incriminariam o irmão Carlos, alvo de investigação da PF

No dia da mais recente fase da Operação First Mile, que mirou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) com uma ação de busca e apreensão por conta de seu suposto envolvimento no caso da ‘Abin paralela’, a volta tardia do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à residência da família em Angra dos Reis se tornou alvo de questionamentos e levantou preocupações sobre uma possível ocultação de provas, informa o Metrópoles.

Dois jet skis partiram da residência em Mambucaba por volta das 6h40 da manhã da segunda-feira (29), supostamente após a família Bolsonaro ter conhecimento da operação policial. No entanto, apenas um dos jet skis retornou à residência enquanto os investigadores estavam presentes.

A Polícia Federal (PF) levanta a suspeita de que a saída de jet ski possa ter sido uma estratégia para ganhar tempo, e que o senador Flávio Bolsonaro tenha se ausentado temporariamente para transportar ou esconder possíveis provas ou materiais incriminatórios.

Em coletiva realizada nesta quarta-feira (31), Flávio Bolsonaro criticou a divulgação das suspeitas da PF, mas confirmou as informações sobre sua ausência. Alegou que não retornou imediatamente porque estava em um jet ski que não era seu, tendo que devolvê-lo antes de se dirigir a um almoço. Contudo, o senador não forneceu detalhes sobre o local do almoço.

A divergência surgiu através de uma postagem nas redes sociais do advogado Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação no governo Bolsonaro. Wajngarten afirmou que o jet ski usado por Flávio retornou “posteriormente” para a casa em Mambucaba, sugerindo que não houve devolução imediata da moto aquática, contrariando a declaração do senador. O ex-secretário de comunicação até compartilhou uma foto da embarcação no imóvel de Jair Bolsonaro.

Além das incoerências sobre o retorno tardio, surgiram também informações conflitantes sobre o horário em que a família Bolsonaro teria saído para ‘pescar’, inicialmente citado às 5h e posteriormente corrigido para 5h50. As autoridades suspeitam que tais ajustes de horário visam afastar a possibilidade de que a família tenha deixado o local após ter ciência da operação, o que poderia resultar em acusações de obstrução à investigação, crime passível de prisão preventiva.

Com informações do Brasil 247

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