A Polícia Federal pediu autorização para prender preventivamente a ex-presidenta Dilma Rousseff, o ex-ministro Guido Mantega, o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira, o ex-senador Valdir Raupp e o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), como parte de uma operação deflagrada nesta quinta-feira (5) que investiga supostos repasses de R$ 40 milhões para políticos do MDB feitos pela empresa JBS. A PF alegou que a medida seria necessária para impedir interferência nas investigações, mas o pedido foi negado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que não há elementos que justificassem a prisão e que os investigados pudessem atrapalhar o processo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer no mesmo tom, dizendo que não há evidências de que eles possam atrapalhar as investigações. As informações são do jornal Correio Braziliense.
A operação também investiga os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e Jader Barbalho, que, ao contrário dos primeiros, têm foro privilegiado atualmente. De acordo com informações do jornal O Globo, os citados foram intimados nesta terça a prestar esclarecimentos sobre o caso. A ex-presidenta recebeu a intimação em sua casa, em Porto Alegre.
Os supostos repasses investigados teriam sido feitos durante a campanha de 2014. A investigação tem origem em delações de executivos da J&F, controladora da JBS.
Editoria: PolíticaPalavras-chave: Dilma, Fachin, jbs, MDB
Delegado que pediu prisão de Dilma é aliado de Moro e acusou Rodrigo Maia de corrupção passiva
O processo foi entendido na Câmara como um aviso de Moro a Rodrigo Maia, já que o delegado Bernardo Guidali Amaral é apontado como sendo da extrema confiança do ministro
O pedido de prisão de Dilma Rousseff, de Renan Calheiros, Jader Barbalho, Guido Mantega, Vital do Rego Filho e Valdir Raupp é assinado pelo delegado da Polícia Federal Bernado Guidali Amaral, o mesmo que em agosto concluiu um inquérito que foi enviado no dia 26 daquele mês ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, ele apontava “elementos concretos e relevantes” de que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cometeu os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A investigação tinha como base delações premiadas de executivos da construtora Odebrecht.
Além do presidente da Câmara, a acusação envolvia o seu pai, o ex-prefeito César Maia (DEM), que eram acusados de aceitarem e pedirem colaborações financeiras ilegais da Odebrecht em 2008, 2010, 2011 e 2014.
O processo foi entendido na Câmara como um aviso de Moro a Rodrigo Maia, já que o delegado Bernardo Guidali Amaral é apontado como sendo da extrema confiança do ministro.
O delegado é o mesmo que pediu a prisão de Dilma Rousseff e de Renan Calheiros, entre outros políticos, em processo de 161 páginas que Fórum teve acesso e que foi negado por Edson Fachin.
Além da prisão temporária, o delegado pede busca e apreensão nos escritórios e nas residências dos citados. No caso de Dilma as buscas se dariam no apartamento de Porto Alegre.
O processo em questão diz respeito a suposta compra de apoio do PMDB por parte da campanha da ex-presidenta na eleição de 2014.
O processo foi entendido na Câmara como um aviso de Moro a Rodrigo Maia, já que o delegado Bernardo Guidali Amaral é apontado como sendo da extrema confiança do ministro.
O delegado é o mesmo que pediu a prisão de Dilma Rousseff e de Renan Calheiros, entre outros políticos, em processo de 161 páginas que Fórum teve acesso e que foi negado por Edson Fachin.
Além da prisão temporária, o delegado pede busca e apreensão nos escritórios e nas residências dos citados. No caso de Dilma as buscas se dariam no apartamento de Porto Alegre.
O processo em questão diz respeito a suposta compra de apoio do PMDB por parte da campanha da ex-presidenta na eleição de 2014.
O delegado considerado como homem de confiança de Moro ainda pedia busca e apreensão nos gabinetes das autoridades citadas no caso:
Ressalta-se que as medidas de busca estão sendo solicitadas também para os gabinetes dos Senadores Federais, dos Governadores de Estados e de Ministro do Tribunal de Contas da União com envolvimento nos fatos, tendo em vista a necessidade de exaurir o esforço investigativo sobre os efetivos beneficiários das condutas praticadas – ou seja projetar a investigação para além da figura dos intermediários utilizados , de modo a permitir que todos os atores do Sistema de .Justiça Criminal tenham um juízo cognitivo completo a respeito do envolvimento ou não das autoridades públicas nas práticas criminosas investigadas”, argumentou no pedido.
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